
Vamos recuar 126 anos… até 13 de março de 1895 mais precisamente, a data do termo de abertura deste livro ao qual damos destaque. Trata-se de um registo das mulheres grávidas que foram intimadas ou apresentadas voluntariamente na Administração do Concelho de Almeida.
Era registado um termo de gravidez para cada mulher solteira que engravidava, identificando o nome dela, dos pais, a sua naturalidade e residência. A mulher ficava obrigada a prestar informações às autoridades locais sobre o nascimento da criança.
O termo de gravidez ao qual damos destaque, de 5 de maio de 1898, refere-se a Maria Juliana, de vinte e três anos, “pouco mais ou menos”, filha de José Amador e de Juliana Maria, “já falecidos”, natural e residente na freguesia de Mido, “a qual disse que espontaneamente vinha denunciar a sua gravidez, que conta ser de oito meses aproximadamente e que é esta a primeira vez que concebe”. “Deu à luz no dia 8 de junho de 1898, uma criança do sexo masculino, que sendo batizada recebeu o nome de Emídio. Está a criá-lo.”