Categoria: Informações

Sabias que…

“Há factos e actuações dos exércitos, para além dos campos de batalha, que marcaram vincadamente as Invasões Francesas em Portugal, sobretudo no que respeita à presença e às ações violentas e cruéis do exército francês. O que deixou marcas mais profundas foi o sofrimento das populações, provocado pelo medo e pelo terror infligido pelos comportamentos das tropas francesas. Estas, à sua passagem, deixaram um rasto de destruição. A violência, muitas vezes gratuita, contra as populações, os assassínios, as violações de mulheres, os saques e pilhagens e a destruição do património, privado ou público, incluindo monumentos nacionais, denotam a crueldade e a violência das tropas francesas.”

SOUSA, João Paulo Gaspar de Almeida e – Andaram por aqui os franceses… A 3.ª invasão francesa em Mortágua: 22 a 30 de setembro de 1810. Mortágua: Quartzo Editora, 2016.

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𝑉𝑖𝑠𝑡𝑎-𝑠𝑒 𝑎̀ 𝑒́𝑝𝑜𝑐𝑎 𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑒 𝑛𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑜𝑖𝑡𝑜𝑐𝑒𝑛𝑡𝑖𝑠𝑡𝑎!

10:00H às 19:00H- Viaje no tempo com mercadores, ofícios, personagens de época e desfrute de momentos diferentes!” Mercado Oitocentista

10:00H Hastear das Bandeiras | 12:00H Arriar das Bandeiras Câmara Municipal de Almeida

10:15H – Homenagem aos Mortos das Guerras Peninsulares com terno de clarins, com a presença de Altas Entidades do Exército Português Baluarte de Santa Bárbara (Praça Alta)

10:30H- A tomada da Praça-Forte pelas Tropas de Massena”, Combates e Escaramuças – Portas de São Francisco

12:00H – Discursos Protocolares, agradecimentos e entrega de medalhas aos Recriadores participantes – Câmara Municipal de Almeida

12:00H às 19:00H- Tabernas do Mercado “Quando a curiosidade despertar… as melhores iguarias da época, tem de experimentar” – Terreiro do Poço do Rancho

13:00H- Missa na Igreja Paroquial de Almeida, em Homenagem aos Mortos do Sacrifício de Almeida – Igreja Matriz de Almeida

15:00H- História e Histórias da Vila: Cenas de 1810, visita orientada e comentada, com quadros vivos. – Portas de São Francisco (Exteriores)

16:3OH – As desventuras no “Castelo Assombrado”, “O Barbeiro” e a “Tourada” | Espetáculo de Marionetes – Terreiro Velho

17:30H- Animação de Rua Teatral “Os Amores e as Tragédias dos Panfletos e Folhetins de Cordel” – Escadaria do Antigo Quartel das Esquadras

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Sabias que…

“Para além da perda lastimável do paiol principal situado no Castelo tardo medieval – tão majestosamente e fielmente retratado por Duarte d’Armas em 1509 – casas, igrejas, torres e palácios ruíram quase que imediatamente. Segundo relato do Coronel Emanuel Frederic Sprünglin, um oficial francês: “a terra tremeu e nós vimos um imenso vendaval de fogo e fumo a elevar-se do lugar. Era como uma erupção de um vulcão. (…) Quando o fumo assentou, uma grande parte de Almeida havia desaparecido e o resto era um monte de entulho.”

CARVALHO, Manuel Jorge Pereira de, Da Praça de Almeida à Batalha do Buçaco: seu contexto na Guerra Peninsular, Almeida: Câmara Municipal, 2006, p. 41.

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O Município de Almeida, promove durante a 19ª edição da Recriação Histórica do Cerco de Almeida, a aquisição da coleção de Publicações das Guerras Peninsulares, com descontos de 50%.  

Visite e desfrute das nossas Exposições de Fardas e Figuras de 1810 no Centro de Estudos de Arquitetura Militar de Almeida e as Invasões no Museu Histórico Militar de Almeida.

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A Recriação Histórica do Cerco de Almeida é um conjunto de histórias bem urdidas que concorrem para a salvaguarda do Património e da História do Território, do Sítio e da sua Praça-Forte.
Há Histórias à solta também pelas ruas: se passear pela Rua Dr. Chegão a decoração, brinda à Saúde dos Recriadores numa clara homenagem àqueles que têm participado e celebrado a História connosco, sendo simultaneamente uma alusão ao topónimo lembrando o Dr. Chegão, um renomado médico da Vila.
Virando à esquerda a caminho da Rua de Entretendas, na Rua Comendador Cardoso, lembramos as azáfamas do mercado da Praça de S. João e aí mostramos um bonito estendal de várias cordas com roupas da época, como que se saídas de um baú.
Chegados à Praça Dr. Casimiro Matias, antiga Praça de S. João, durante o dia, celebramos a paz com uma instalação chã lembrando um vitral cujo motivo central é a estrela e uma pomba em alusão à Praça-forte e à paz (porque o cerco celebra a paz). À noite a mesma Praça transfigura-se e nas janelas podem ver -se silhuetas de várias personagens e cenas à janela nas noites serenas do seu quotidiano. Descendo a Praça dirige-se à Rua do Antigo Convento e recordando o antigo convento das
Freiras do Loreto, lembramos e assinalamos a música.
À Rua da Girota chamamos a Rua da Sombrinha, ou não fosse este um acessório diurno, essencial de passeio das damas de oitocentos.
Na Rua Conselheiro Hintze Ribeiro, os livros gigantes convidam-nos à leitura e as bandeiras lembram a festa.
Na Rua Direita lembramos e celebramos as mulheres e a sua importância, as mulheres de várias guerras, mulheres de luta e de coragem combatendo em várias frentes, lembramos mulheres de armas. À noite a rua ilumina-se às cores da recriação
histórica, as mesmas da bandeira do Regimento de Almeida, entre elas diversas imagens alusivas à temática do Cerco, em clara homenagem a todos os que com resiliência nos defenderam.
Por todas as ruas espalhamos bandeiras, bandeirolas e pendões nas cores azul, amarelo e vermelho, que enfeitam, dão vida e alegria à Vila e que também referenciam a bandeira do Regimento.
Os detalhes estão por todos os lados, basta um olhar atento.
Um bem haja especial á comunidade que se envolveu e colobarou na decoração das ruas.

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Sabias que…

“Com a invasão do exercito francez, em Portugal, as modas das senhoras passaram a estar mais em dia, deixando de andar atrazadas alguns anos, em relação ao que se usava em Paris. (…) Em 1808, os vestidos das mulheres eram excessivamente decotados, não só os dos bailes, como também os de passeio; a cintura muito curta, logo abaixo dos peitos, (…); mangas muito curtas, ou mesmo ausencia de mangas, estando o corpo do vestido apenas suspenso aos hombros por umas fitas. Alguns vestidos tinham a mesma largura em toda a altura desde a cintura até á base; era a este modelo que chamava robe sac. As luvas eram muito compridas, (…). Os sapatos para os bailes eram de setim branco.” BENEVIDES, Francisco da Fonseca, No tempo dos francezes, Lisboa: Tribuna, 2008. p. 235-237.

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Sabias que…

Na terceira invasão foi utilizada a tática de guerra conhecida como política de terra queimada?

“A política de terra queimada ordenada pelos ingleses consistia na evacuação total das povoações com destruição de searas, moinhos e tudo o que não pudesse ser transportado, para vencer os invasores pela fome.

Um médico de Leiria refere-se ao “horroroso quadro, quando voltei para este desgraçado território: aldeias desertas, todo o território inculto, uma solidão espantosa, não aparecendo nem quadrúpedes nem voláteis, casas incendiadas ou derrotadas, imundícies amontoadas, vivos agonizantes, esqueletos ambulantes formavam então um espetáculo estranho, pavoroso e mortificante.”

FERREIRA, Leonídio Paulo – Nunca mais a população portuguesa voltou a sofrer tanto como na terceira invasão francesa. Diário de Notícias [Em linha]. (2021). [Consult. 11 Ago. 2023]. Disponível em
URL:https://www.dn.pt/sociedade/-nunca-mais-a-populacao-portuguesa-voltou-a-sofrer-tanto-como-na-terceira-invasao-francesa–13680540.html

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Sabias que…

“Afirmava o coronel Francês Delagrave: “os nossos exércitos à muito que se acostumaram a viver apenas do que encontravam nos países que invadem (…) Produtos características da região da Beira: centeio, batatas, milho, trigo, feijão, o enchido de porco.

A ração dos militares na época das Invasões Francesas era: 750 gr. de pão, 550 gr. de biscoito, 250gr de carne, 30 gr de arroz (indispensável contra a desinteria), ou de legumes secos, vinho e 1 l de vinagre para vinte homens para purificar a água.”

L’Armée de Napoleon, organisation, et vie quotidienne, Paris: Tallendier, 2000, cit em Almeida: 2010, pp.222.

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