“Sabias que a 2 de Julho de 1663...” A Restauração da Independência, o episodio de Almeida
Parte II
Após 1640 tiveram início as obras de reestruturação da fortaleza. A fortificação moderna, tal como é hoje visível e de traçado abaluartado, elevou a praça-forte de Almeida ao estatuto da mais importante estrutura militar defensiva das Beiras.
É exatamente por este território que o espanhol Duque de Osuna, ao comando de uma força espanhola, cerca e ataca a praça-forte. A guarnição no interior da fortaleza, comandada pelo General Diogo Gomes de Figueiredo, composta por cerca de 1000 militares e 150 cavalos, defende-se como pode contra um exército 5 vezes maior. O duque de Osuna trazia consigo 5.000 militares e 600 cavalos.
O combate foi de grande intensidade e com elevada baixas, principalmente para o exército espanhol. Com enorme bravura e heroísmo, os portugueses comandados por Diogo de Figueiredo venceram a força espanhola no dia 2 de julho de 1663. Humilhado, o comandante espanhol, Duque de Osuna, foge a cavalo para Ciudad Rodrigo. Esta derrota valeu ao militar espanhol alguns constrangimentos perante a corte em Madrid. Já para os portugueses foi um momento de glória imortalizado posteriormente no monumento aos restauradores em Lisboa. Em memória a esta vitória o dia 2 de julho passou a ser feriado no Concelho de Almeida.
“…Na fuga seguiram o caminho de Vale de Lamula tendo a bala de uma peça passado tão perto do Duque que le se benzeu mil vezes, dizendo a lenda que não parou de se benzer até chegar a sua casa em Ciudad Rodrigo”.
Vilhena de Carvalho, José – “Almeida, subsídios para a sua História”. Viseu Tipografia Guerra. 1973. P.- 146 Vol I
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